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Mercado de Vinhos no Brasil - Resultados do Quadrimestre 2022

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Seguem os resultados do primeiro quadrimestre com os comentários de Felipe Galtaroça, CEO da Ideal Consulting.

"As importações de vinhos e espumantes tiveram uma queda de 1,7% neste primeiro quadrimestre do ano, em comparação com igual período de 2021. No total, foram importados 4,7 milhões de caixas de 9 litros nos primeiros quatro meses do ano. Em valor, há um pequeno aumento, de 0,7%, em relação ao período de janeiro a abril do ano passado, chegando US$ 130,8 milhões. 

O resultado, com pequena queda em volume e pequena alta em valor, está dentro do cenário otimista das projeções traçadas pela Ideal para este ano. O setor do vinho segue otimista, apesar do cenário macroeconômico ruim. Diante da menor taxa cambial desde março de 2020, quando começou a pandemia, a importação não sobe, mas também não cai fortemente. Em abril de 2022, US$ 1 equivalia em média R$ 4,757, o que seria um momento favorável aos importadores se não fosse os fortes aumentos dos fretes internacionais pela escassez de containers e dificuldade de booking nos navios europeus. Há ainda os aumentos de insumos e os reajustes de preços das vinícolas. Para completar, a greve da Receita Federal tem atrasado significativamente a liberação de containers nos portos e, consequentemente, aumentando os custos de armazenagem.

Os problemas enfrentados pela Europa, refletem na origem dos vinhos que chegam ao Brasil. Há redução nos volume de rótulos europeus, de países como Portugal, Itália, França e Espanha. Na América do Sul, a Argentina continua em destaque, com aumento de 15% no volume e 19% no valor importado nos primeiros quatro meses de 2022. O Chile mantém a liderança, com participação de 46% no total de importação em volume e de 41% em valor. Com relação aos vinhos enviados pelo país andino, o primeiro quadrimestre regista um crescimento de 3% em volume e 5% em valor. 

Somando os vinhos brasileiros, há um aumento de 6% nestes primeiros quatro meses de 2022. Os espumantes continuam mostrando sua força com a retomada dos eventos presenciais. O aumento foi de 65% nos rótulos brasileiros e de 15% nos importados. Vale lembrar que o período de comparação é favorável já que em igual período do ano passado vivíamos um cenário de confinamento pela pandemia. Os vinhos de mesa apresentam movimento de recuperação, com alta de 8% no quadrimestre, depois da redução de 11% em 2021. O vinho fino brasileiro, que dobrou o volume comercializado em 2020 e teve crescimento de 23% em 2021, registra alta de 10% nos primeiros 4 meses de 2022.

Agora é esperar o resultado dos próximos meses. Como a base de consumo é alta, resultado do período de confinamento que se intensificou em maio do ano passado, a nossa previsão é de queda tanto no volume importado quanto no comercializado pelas vinícolas nacionais nos próximos meses."

 

Sobre o Consevitis-RS

O Conselho conta com participação paritária de produtores de uva, representados pelos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e Comissão Interestadual da Uva (CIU); indústria vitivinícola, por meio da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra) e Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi); e cooperativas de vinho, por intermédio da Fecovinho. O Consevitis-RS tem o propósito de atuar no desenvolvimento e fortalecimento dos elos de cooperação dentro da cadeia produtiva da uva e do vinho e executar as políticas setoriais apresentadas ao Fundovitis.

Desde dezembro de 2020, o Consevitis-RS passou a administrar as ações para aplicação dos recursos nas três grandes áreas de atuação: promoção, gestão e ordenamento setorial.

O Consevitis-RS está instalado em Bento Gonçalves (RS), em uma estrutura própria, dentro do Fundaparque - Parque de Eventos.

 

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